Como revisar melhor matéria do Enem


debora-ribs-miniatura-postNos últimos dias voltamos ao ano letivo nos colégios em que leciono. nas reuniões podíamos ver a tensão em torno dos resultados do Enem. Há uma cobrança muito grande, uma competição nada saudável que faz com que professores não rendam o suficiente e alunos vivam estressados. Tudo isso porque querem ver quem vai melhor no Enem. Não entro nessa pilha porque sei que isso depende da escola, mas muito mais do aluno que se prepara adequadamente. Por isso mesmo sempre pesquiso e levo materiais diferentes e interessantes para eles como este e-book de revisão para o Enem. O legal é que os alunos podem fazer isso em qualquer lugar justamente porque é uma seleção de artigos e links que ajudam muito no estudo para o Enem.

Aproveite e faça estes nossos exercícios que ajudarão a treinar mais para interpretação de textos.

Lista selecionada de exercícios de interpretação

TEXTO XVII

Se essa ainda é a situação de Portugal e era, até bem pouco, a do Brasil, havemos de convir em que no Brasil-colônia, essencialmente rural, com a ojeriza que lhe notaram os nossos historiadores pela vida das cidades - simples pontos de comércio ou de festividades religiosas -, estas não podiam exercer maior influência sobre a evolução da língua falada, que, sem nenhum controle normativo, por séculos “voou com as suas próprias asas”.

(Celso Cunha, in A Língua Portuguesa e a Realidade Brasileira)

79) Segundo o texto, os historiadores:

a) tinham ojeriza pelo Brasil-colônia.

b) consideram as cidades do Brasil-colônia como simples pontos de comércio ou de festividades religiosas.

c) consideram o Brasil-colônia essencialmente rural.

d) observaram a ojeriza que a vida nas cidades causava.

e) consideram o campo mais importante que as cidades.

80) Para o autor:

a) as festas religiosas têm importância para a evolução da língua falada.

b) No Brasil-colônia, havia a prevalência da vida do campo sobre a das cidades.

c) a evolução da língua falada dependia em parte dos pontos de comércio.

d) a evolução da língua falada independe da condição de Brasilcolônia.

e) a situação do Brasil na época impedia a evolução da língua falada.

81) A palavra “ojeriza” (/. 3) significa, no texto:

a) medo

b) admiração

c) aversão

d) dificuldade

e) angústia

82) A língua falada “voou com as suas próprias asas” porque:

a) as cidades eram pontos de festividades religiosas.

b) o Brasil se distanciava lingüisticamente de Portugal.

c) faltavam universidades nos centros urbanos.

d) não se seguiam normas lingüísticas.

e) durante séculos, o controle normativo foi relaxado, por ser o Brasil uma colônia portuguesa.

83) Segundo o texto, a população do Brasil-colônia:

a) à vida do campo preferia a da cidade.

b) à vida da cidade preferia a do campo.

c) não tinha preferência quanto à vida do campo ou à da cidade.

d) preferia a vida em Portugal, mas procurava adaptar-se à situação.

e) preferia a vida no Brasil, fosse na cidade ou no campo.

Gabarito dos exercícios

79) Letra d

Há três alternativas com o verbo considerar. As três podem ser eliminadas, uma vez que o texto não diz que os historiadores consideram alguma coisa. Esse verbo implica algum tipo de julgamento, o que não ocorre em nenhum momento. Diz, sim, que eles notaram a ojeriza que havia pela vida nas cidades, isso porque o Brasil-colônia era essencialmente rural. A alternativa a é descabida. Por isso, o gabarito só pode ser a letra d.

80) Letra b

O fato de o Brasil-colônia ser, segundo o texto, essencialmente rural leva à conclusão lógica de que a vida do campo prevalecia sobre a da cidade.

81) Letra c

Questão de sinônimos. Não há o que discutir. Na dúvida, consulte-se o dicionário.

82) Letra d

É importante, sempre, buscar no próprio texto os elementos necessários para se chegar à resposta da questão. Observe que a letra e, que parece ser a resposta, fala de um controle normativo da língua que i teria sido relaxado por ser o Brasil uma colônia de Portugal. Há aqui uma informação que não encontramos no texto, e nem pode ser deduzida. O que se encontra é que as cidades, por serem simples pontos de comércio ou de festividades religiosas, não podiam influenciar a evolução da língua. Assim sendo, as pessoas não seguiam normas lingüísticas ao se expressarem, e a língua passou a voar com as próprias asas. Por isso, o gabarito deve ser a letra d.

83) Letra b

Esta questão depende, um pouco, do emprego do verbo preferir. A letra c diz que a população não tinha preferência quanto a viver no campo ou na cidade. O texto diz que ela dava preferência à vida no campo. As duas últimas opções também podem ser eliminadas pelo mesmo motivo: na letra d, a preferência seria pela vida em Portugal, enquanto na letra d, pela vida no Brasil; não há esse tipo de comparação no texto. Nas letras a e b, o verbo preferir aparece usado em frases na ordem inversa. Em ambas, a palavra vida está subentendida, depois do pronome demonstrativo “a”. Colocando na ordem direta a frase da opção b, teríamos: preferia a (vida) do campo à vida da cidade. Ou seja, gostava mais da vida do campo do que da vida da cidade, que é exatamente o que diz o texto. Cabe aqui uma outra observação. O objeto direto do verbo preferir é a coisa de que se gosta mais, que se prefere. Por exemplo: prefiro o futebol ao vôlei. O futebol, que é o objeto direto, é a coisa preferida.


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